Este é o oitavo ano em que os alunos do Oitavo Ano do Colégio Equipe produzem blogs com as crônicas que escreveram em sala de aula. Projeto iniciado em 2010 pela professora Luana Chnaiderman de Almeida, o blog Blogueiros Equipanos tem passado de mão em mão por toda uma geração de alunos e por outros professores que nunca abandonaram a ideia tão bem sucedida desde o início.
Ao iniciar o trabalho com os alunos neste ano de 2017, nós lemos um texto muito significativo do professor Antonio Candido que, poucos meses depois, haveria de nos deixar. No ensaio A vida ao rés-do-chão, o maior crítico literário brasileiro afirma que “a crônica é um gênero menor. ‘Graças a Deus’, seria o caso de dizer, porque sendo assim ela fica mais perto de nós. E para muitos pode servir de caminho não apenas para a vida, que ela serve de perto, mas para a literatura...”
É exatamente por estar a crônica tão perto de nós que escolhemos este gênero literário para trabalhar com os alunos no Oitavo Ano, período em que os jovens estão tão interessados em se autodescobrir, em que buscam como nunca se encontrar e se definir neste mundo que se lhes descortina tão sedutor quanto ameaçador. Na entrada da adolescência, a crônica pode se tornar um veículo poderoso para que os jovens nos transmitam o admirável mundo novo que veem pela frente.
A crônica pode se tornar, assim, amiga dos nossos alunos, assim como nos ensina Antonio Candido que “ela é amiga da verdade e da poesia nas suas formas mais diretas e também nas suas formas mais fantásticas, sobretudo porque quase sempre utiliza o humor."
Cada aluno do Oitavo Ano do Colégio Equipe construiu seu próprio blog, cujos links estão à direita, escolhendo imagens, formatação, layout, etc. Para tal, aprendeu, na prática, a criar e atualizar periodicamente um blog. Cada um deles inseriu os textos que queria, com suas características próprias. Cabe ressaltar que o professor procurou guiá-los no intuito de minimizar os erros e inadequações textuais, mas nunca proibindo qualquer ideia ou palavra.
Muitas correções foram feitas: pelos próprios autores, pelos seus colegas e, claro, pelo professor. Mas muitos “erros” persistem, pois as crônicas são acrescentadas aos blogs à vontade pelos alunos. Poderíamos citar a “contribuição milionária de todos os erros”, de Oswald de Andrade, como nosso lema quanto à correção gramatical. Afinal, a conscientização do uso da linguagem é um eterno “work in progress” que estamos trabalhando com nossos alunos.
Mas deixem todas estas explicações complicadas de lado e aproveitem estes textos tão sinceros. Alguns delicados e poéticos, outros agressivos e espinhosos, todos um excelente retrato desses nossos lindos artistas todos quando jovens!
Frederico Barbosa
Ao iniciar o trabalho com os alunos neste ano de 2017, nós lemos um texto muito significativo do professor Antonio Candido que, poucos meses depois, haveria de nos deixar. No ensaio A vida ao rés-do-chão, o maior crítico literário brasileiro afirma que “a crônica é um gênero menor. ‘Graças a Deus’, seria o caso de dizer, porque sendo assim ela fica mais perto de nós. E para muitos pode servir de caminho não apenas para a vida, que ela serve de perto, mas para a literatura...”
É exatamente por estar a crônica tão perto de nós que escolhemos este gênero literário para trabalhar com os alunos no Oitavo Ano, período em que os jovens estão tão interessados em se autodescobrir, em que buscam como nunca se encontrar e se definir neste mundo que se lhes descortina tão sedutor quanto ameaçador. Na entrada da adolescência, a crônica pode se tornar um veículo poderoso para que os jovens nos transmitam o admirável mundo novo que veem pela frente.
A crônica pode se tornar, assim, amiga dos nossos alunos, assim como nos ensina Antonio Candido que “ela é amiga da verdade e da poesia nas suas formas mais diretas e também nas suas formas mais fantásticas, sobretudo porque quase sempre utiliza o humor."
Cada aluno do Oitavo Ano do Colégio Equipe construiu seu próprio blog, cujos links estão à direita, escolhendo imagens, formatação, layout, etc. Para tal, aprendeu, na prática, a criar e atualizar periodicamente um blog. Cada um deles inseriu os textos que queria, com suas características próprias. Cabe ressaltar que o professor procurou guiá-los no intuito de minimizar os erros e inadequações textuais, mas nunca proibindo qualquer ideia ou palavra.
Muitas correções foram feitas: pelos próprios autores, pelos seus colegas e, claro, pelo professor. Mas muitos “erros” persistem, pois as crônicas são acrescentadas aos blogs à vontade pelos alunos. Poderíamos citar a “contribuição milionária de todos os erros”, de Oswald de Andrade, como nosso lema quanto à correção gramatical. Afinal, a conscientização do uso da linguagem é um eterno “work in progress” que estamos trabalhando com nossos alunos.
Mas deixem todas estas explicações complicadas de lado e aproveitem estes textos tão sinceros. Alguns delicados e poéticos, outros agressivos e espinhosos, todos um excelente retrato desses nossos lindos artistas todos quando jovens!
Frederico Barbosa
